"O AMOR É O QUE O AMOR FAZ". Lucas 10.25-37
νομικος nomikos
de 3551; TDNT - 4:1088,646; adj
1) que pertence à lei, alguém instruído na lei
2) no NT, intérprete e mestre da lei mosaica
εκπειραζω ekpeirazo
de 1537 e 3985; TDNT - 6:23,822; v
1) provar, testar (inteiramente)
2) colocar à prova o caráter e o poder de Deus
Essa sublime parábola, exclusiva do evangelho de Lucas, reflete sobre a nossa responsabilidade de cuidar dos outros, sejam amigos ou estranhos. Em um sentido espiritual, espelha também o ministério redentor de Cristo, o retrato perfeito do bom samaritano, sendo que o pobre viajante, presa de ladrões, representa a humanidade manchada pelo pecado.
Afinal, quem é o meu próximo? O próximo é o parente, o amigo, o colega, os que são da mesma religião, raça, partido ou classe social? Por trás disso tudo, o que se tenta é estabelecer as fronteiras do amor. Quem ficar fora da fronteira não merece nosso amor. Essa é a tendência humana.
O sacerdote e o levita viram o homem caído e se desviaram, “passando de largo”. Certamente tinham boas teorias sobre o próximo, e não valia a desculpa de que tinham medo de tocar num provável morto e ficar impuros, pois estavam vindo, e não indo, ao templo em Jerusalém.
No AT, o sacerdote era o encarregado do culto divino, sobretudo do oferecimento dos sacrifícios (ver Sacrifício).
Membro da tribo de Levi. Os levitas ajudavam os sacerdotes nos serviços da Tenda Sagrada (Números 3:5–13) e, depois, do Templo (2Crônicas 8:14).
Pessoa nascida em Samaria, região que ficava entre a Judéia e a Galiléia. Os judeus e os samaritanos não se davam por causa de diferenças de raça, religião e costumes (Lucas 17:15–18; João 4:9).
33 Mas um certo samaritano, estando de viagem, veio até ele; e, vendo-o, teve compaixão dele.
34 E, aproximando-se dele, atou-lhe as feridas, derramando nelas azeite e vinho, e, pondo-o sobre seu próprio animal, levou-o para uma hospedaria e cuidou dele.
35 E, no dia seguinte, partindo, ele tirou dois denários, e deu-os ao hospedeiro, e disse-lhe: Cuida dele, e tudo o que de mais gastares, na minha volta eu te pagarei.
A parábola descreve tudo o que o samaritano fez para salientar que a prática do amor não tem limites. É a necessidade do outro que diz o que precisa ser feito e até que ponto se deve amar. Além disso, o amor quebra todas as fronteiras: o samaritano não perguntou se o ferido era judeu ou não. O próximo é qualquer pessoa que encontramos.
Aquele instrutor da lei estava preocupado com a fronteira do amor. Mas Jesus mostrou que o amor é um centro que irradia ações práticas e não conhece nenhuma fronteira. O intérprete da lei reconheceu isso e, quando declarou que o próximo foi o que usou de misericórdia, isto é, teve compaixão, mostrou muito bem que tornar-se próximo é entrar em sintonia com o outro e sofrer junto com ele. É condoer-se com o sofrimento alheio.